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Águas paradas (co)movem moinhos

ByCarlos Paiva

Escoado de vontade e absorto, de gládio quebrado e escudo roto, sento-me, inconsolável, à sombra do moinho… Então, já tão farto de estar sozinho, sozinho, todavia, eu já não fico: vejo vir na lonjura, montada em seu burrico, uma moleira roliça de roliços quadris. Sua presença ali a si mesma contradiz: “Não verás, moleirinha, que estão paradas as águas?” “Este moinho não mói trigo, mói palavras, e é a imaginação, não a água, a sua força motriz!...” Engulo em seco, olhos fixos em seus quadris… Realmente, imaginação é mui potente força e dou por mim ajudando a moça a descarregar o burrico de seus pesos: grãos de cereal que cairão, indefesos, no olho da mó, sofrendo as duras penas que fazem do grão farinha e, da farinha, poemas…

Details

Publication Date
Sep 19, 2012
Language
Portuguese
ISBN
9781300212713
Category
Poetry
Copyright
All Rights Reserved - Standard Copyright License
Contributors
By (author): Carlos Paiva

Specifications

Format
PDF

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